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Polícia Civil e associação de proteção ao animais alerta população de São João do Ivaí e região.

                 Maria Aparecida de Souza, Dr. Karen Nascimento e Regiane Abreu Maria 


A Associação de Proteção aos Animais de São João do Ivaí e a Polícia Civil do município fazem um alerta à população, com relação aos cuidados com as situações de maus tratos aos animais domésticos. A presidente da entidade, Regiane Andrade de Abreu, comentou que as dificuldades da entidade são grandes e que não ela conta com recursos para a realização de serviços que são solicitados pela população, como o cuidado de animais abandonados, atendimento de situações de cães que sofrem maus tratos, entre outros. “As pessoas acham que temos a obrigação de recolher todos os cães em situação de abandono, mas é bom esclarecer que não temos em São João do Ivaí um local para colocar esses animais e, além de tudo, os integrantes da associação são voluntários e o nosso grupo é pequeno”, frisou Regiane Abreu.
Os poucos recursos que a associação tem conseguido são referentes a eventos realizados pela entidade, como, por exemplo, um bazar para a venda de artigos usados, que acontece todos os sábados, na antiga sede do Centro Social Urbano, cujo resultado é revertido para a aquisição de ração e medicamentos para os animais abandonados. Ela ressalta que a população pode contribuir com a associação de várias formas. Ao se deparar com uma situação de um animal passando fome, o próprio cidadão pode ofertar um pouco de água e ração e, se flagrar uma situação de maus tratos, recolher o animal e levá-lo a algum local para que ele possa ser tratado.
Para o proprietário de uma cadela, que não quer que ela crie, o ideal é realizar uma castração. “Sabemos que esse não é um procedimento barato, mas se a pessoa não tem condições, pode aplicar uma vacina anti-cio, que custa menos de R$ 6 e se, eventualmente, a cadela criou, que ele procure doar os filhos e não abandoná-los”, solicitou a presidente.
Outra orientação realizada por Regiane Abreu é que a pessoa ao adotar um animal tenha a consciência que a vida média de um cachorro é de 13 anos e, durante esse período, ele precisa ofertar ao animal um local adequado, com alimentação e água e os cuidados veterinários necessários.
A delegada Karen Friedrich Nascimento comenta que todas as vezes que a Polícia Civil toma conhecimento de alguma denúncia de maus tratos, a situação é verificada e, no caso de constatado o crime, o cidadão é intimado a comparecer à delegacia e responde a um termo circunstanciado, cuja pena pode variar de 3 meses a 1 ano. “Por ser considerado um crime de menor potencial ofensivo, o caso é encaminhado ao juizado especial, no entanto, em algumas situações ficamos de mãos atadas, justamente por não ter um espaço adequado, a associação não consegue retirar o animal do local”, comentou a delegada.
Ela relata que a maioria dos casos de abandono dos animais e maus tratos ocorre na área rural, especialmente em locais mais afastados, onde os proprietários têm um grande número de animais e não têm condições financeiras de dar o atendimento veterinário e alimentação adequados.
Proibição dos rodeios
Karen Nascimento ressalta que a Polícia Civil também cumprirá uma recomendação administrativa, expedida pela Promotoria de Justiça da Comarca de São João do Ivaí, que proibiu a realização de eventos que possam causar maus tratos a animais, como rodeios e eventos de laço em toda a área de jurisdição da comarca, que envolve também os municípios de Lunardelli e Godoy Moreira. “Se houver o descumprimento da recomendação, a Polícia Civil se comprometeu a fiscalizar essas ações e comprovados os maus tratos, o organizador do evento será encaminhado à delegacia”, afirmou a delegada.

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