Guia de higiene na academia: bactérias perigosas se escondem em equipamentos e roupas de ginástica sujos; entenda
Após a pandemia, muitas academias ao redor do país disponibilizaram panos com álcool para as os usuários limparem as máquinas antes e depois da utilização, porém nem todos seguem o recomendado. Os equipamentos de ginástica possuem múltiplas superfícies, cantos e recantos que entram em contato com muitas mãos sujas e corpos suados. Um estudo analisou todas essas áreas para identificar os tipos de bactérias que podem ser encontradas ali.
Entre as bactérias estavam em abundância as firmicutes e actinobactérias, conhecidas como comensais e encontradas em humanos, mais precisamente no trato gastrointestinal, onde desempenham um papel importante para uma boa saúde, auxiliando na digestão e na absorção de nutrientes.
Entretanto foram encontradas bactérias mais preocupantes que são conhecidas por causar doenças graves como a salmonela e a klebsiella, que estão associadas a intoxicações alimentares e pneumonia. Além da piscina e chuveiros, elas foram encontradas em esteiras, halteres, aparelhos de musculação, bicicletas ergométricas e tapetes.
Durante os exercícios também é um momento muito propício para a proliferação das bactérias, principalmente nas roupas. Isso porque elas entram em contato direto com os aparelhos da academia, além da umidade e temperatura mais elevada criando um terreno fértil para bactérias potencialmente prejudiciais como o Staphylococcus aureus e o Streptococcus pyogenes.
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“O mal cheiro que comumente surge de um kit de ginástica é resultado do crescimento excessivo de bactérias e dos odores fétidos que eles produzem. O crescimento bacteriano na pele varia entre as diferentes regiões do corpo. Na axila, por exemplo, apresenta corynebacterium”, explica o neurocientista da Universidade de Bristol, Dan Baumgardt em artigo publicado pelo site The Conversation.
Garrafas de água e fones de ouvido
“Eu regularmente faço uma limpeza profunda em minha garrafa de água, o que pode parecer revoltante rapidamente. Cheguei até ao estágio de usar cotonetes para entrar nas fendas ao redor da tampa do parafuso, que é improvável que uma esponja ou máquina de lavar louça alcance”, explica Baumgardt.
As garrafas de água, se não higienizadas corretamente, podem conter micróbios que, quando ingeridos, podem causar sintomas como vômitos e diarreia. Existem alguns comuns que podem colonizar sua garrafa: Cladosporium, que é conhecido por sua aparência verde escura ou marrom; Penicillium, que pode se manifestar em tons azuis ou verdes; Aspergillus, que pode aparecer como manchas brancas, amarelas ou verdes; e Stachybotrys, que aparecem como manchas pretas.
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