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‘MEU BURRINHO NÃO FAZ COISA ERRADA, DIZ DONA AO RESGATAR ANIMAL NA DELEGACIA DA PF

 

Cleusa da Silva teve um agradável reencontro na tarde desta quinta-feira (08), em Guaíra, no oeste do Paraná. Na Delegacia da Polícia Federal, ela foi buscar o seu burro, que foi furtado da casa da família esta semana. E o animal foi recuperado pela polícia numa situação inusitada, de tráfico de drogas. O burro foi apreendido ao ser “flagrado” transportando 291 quilos de maconha.

“Estou muito feliz que eu recuperei meu burrinho. Ele ajuda muito na casa, recicla papel pra nós, é muito carinhoso. Meu marido gosta muito dele, dorme no ombro do meu marido, é que nem um filho da casa e estou muito feliz que recuperei ele”, disse Cleusa, ao reencontrar o “filho”.
Ela contou que, na primeira vez que foi à delegacia, a polícia não queria devolver o animal a ela e ao marido. “Mas aí eu falei que meu burrinho não faz coisa errada, só faz coisa certa. Só que roubaram ele. ‘Ponharam’ uma carroça ‘véia’ nele e puxaram embora. Mas eu ‘tou’ feliz que eu recuperei. Até minha vida é outra agora. Duas noites eu não durmo por causa dele”, disse a “mãe” do bicho de estimação da família.
O delegado da PF, Mário Leal, disse que como a família conseguiu demonstrar que eram proprietários do burro, devolveram o animal a Cleusa. “Como não havia interesse na manutenção do burro para os propósitos da investigação, o animal foi restituído ao casal, mediante um termo de restituição”, explicou o delegado.
Conforme Leal, o burro foi furtado da residência do casal, que trabalha com reciclagem, um dia antes do burro ser “detido” por tráfico de drogas. Na noite seguinte, policiais federais faziam patrulhamento pela bacia do Rio Paraná, quando notaram uma movimentação diferente no mato. Ao ver os policiais, os suspeitos fugiram pela mata.
Quem ficou pra trás foi o burro. Ele puxava uma carroça com os 219 quilos da maconha. Droga e burro foram levados à delegacia da PF. “Em princípio, casal não guarda nenhuma relação com os fatos. A PF segue investigando para identificar quem seriam os responsáveis pela carga de droga. E possivelmente, em tese, seriam os mesmos responsáveis pelo furto do animal“, explicou Leal.
“Mas tá bom. Eu confio muito em Deus primeiramente, e quem me ajudou. Eu estou alegre e agora vou começar a reciclar de novo, começar a ter dinheiro de volta. Porque ele é melhor que o outro que eu tenho aqui. Todo mundo gosta dele, não gosta muito do cavalão”, disse Cleusa, que com o marido, sustenta a casa juntando e vendendo materiais recicláveis.
Fonte Ric mais



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